
Quando acordo, levanto-me, arranjo-me, alimento-me, labuto, divirto-me, deito-me, para onde vão os meus pensamentos?
Para a obra de Deus que tudo criou e me concedeu a vida? Ou para a minha obra, fruto da vida que me foi confiada?
Quando desperto, reparo no conforto que me cerca, a casa aquecida, o banho quente, as roupas macias, o aroma do café da manhã, a companhia que está a meu lado? Ou ocupo a minha mente com os afazeres que me esperam, as notícias da manhã, o que vou vestir agora e o que vou por para o encontro de logo à noite?
Agradeço o pão da manhã e partilho as esperanças e incertezas do meu dia e digo que bom ter-te comigo, ou digo antes, não me distraias tenho muito que fazer e saio para pastelaria conversar com o meu expresso e o meu croissant?
Depois... é o trabalho, o almoço a correr, a ginástica, umas compras e umas lojas, o jantar para fazer, o pôr em comum as desgraças do dia, o deitar de costas voltadas? Ou antes agradecer o fruto do nosso trabalho, a esperança que levo aos que partilham o meu dia, a antecipação da alegria da cara amiga que sei que vou encontrar, dos netos que vou buscar, dos filhos com histórias para contar, da companhia quando me deitar?
Depois de tudo isto bom ou mau onde ficaste Senhor?
Abri-te a porta do meu coração para que tomasses parte comigo na alegria e na tristeza, na angústia e na esperança, na dor e no prazer, ou deixei-te antes ficar amorosamente sentado à porta aguardando paciente-mente que eu me lembrasse de ti?
Reparo Senhor que depois de consumir o meu dia entre os meus amores e desamores, é aí que te encontro, exactamente no sítio em que te deixei quando acordei...
Reparo Senhor que exijo ser amado em exclusividade, embora não o saiba fazer nem encontre quem o faça, mas ao ver-te à minha porta, entendo que, apesar de sermos tantos, só tu o fazes na perfeição, porque és a fonte do meu amor.
É porque penso tão pouco na tua vinda, na tua vida, na tua morte e ressurreição que se esbate tanto aquilo que de outro modo seria evidente.
Faz Senhor com que eu entre na corrente de água pura dessa fonte, para que nunca mais te veja à espera, mas estejas presente e participante da minha vida de tal forma que o meu coração se torne por sua vez, fonte de água que jorra para a vida eterna.
Para a obra de Deus que tudo criou e me concedeu a vida? Ou para a minha obra, fruto da vida que me foi confiada?
Quando desperto, reparo no conforto que me cerca, a casa aquecida, o banho quente, as roupas macias, o aroma do café da manhã, a companhia que está a meu lado? Ou ocupo a minha mente com os afazeres que me esperam, as notícias da manhã, o que vou vestir agora e o que vou por para o encontro de logo à noite?
Agradeço o pão da manhã e partilho as esperanças e incertezas do meu dia e digo que bom ter-te comigo, ou digo antes, não me distraias tenho muito que fazer e saio para pastelaria conversar com o meu expresso e o meu croissant?
Depois... é o trabalho, o almoço a correr, a ginástica, umas compras e umas lojas, o jantar para fazer, o pôr em comum as desgraças do dia, o deitar de costas voltadas? Ou antes agradecer o fruto do nosso trabalho, a esperança que levo aos que partilham o meu dia, a antecipação da alegria da cara amiga que sei que vou encontrar, dos netos que vou buscar, dos filhos com histórias para contar, da companhia quando me deitar?
Depois de tudo isto bom ou mau onde ficaste Senhor?
Abri-te a porta do meu coração para que tomasses parte comigo na alegria e na tristeza, na angústia e na esperança, na dor e no prazer, ou deixei-te antes ficar amorosamente sentado à porta aguardando paciente-mente que eu me lembrasse de ti?
Reparo Senhor que depois de consumir o meu dia entre os meus amores e desamores, é aí que te encontro, exactamente no sítio em que te deixei quando acordei...
Reparo Senhor que exijo ser amado em exclusividade, embora não o saiba fazer nem encontre quem o faça, mas ao ver-te à minha porta, entendo que, apesar de sermos tantos, só tu o fazes na perfeição, porque és a fonte do meu amor.
É porque penso tão pouco na tua vinda, na tua vida, na tua morte e ressurreição que se esbate tanto aquilo que de outro modo seria evidente.
Faz Senhor com que eu entre na corrente de água pura dessa fonte, para que nunca mais te veja à espera, mas estejas presente e participante da minha vida de tal forma que o meu coração se torne por sua vez, fonte de água que jorra para a vida eterna.
José Pimentel