Palavra do Pároco

Nº 15 – Série III – 1 de Fevereiro – Domingo IV do Tempo Comum

«Se hoje ouvirdes a voz do Senhor… não fecheis os vossos corações»

Uma frase que até sabemos de cor… ou seja, de coração. Como seria diferente o nosso dia a dia, como seriam diferentes os nossos sentimentos, as nossas palavras, as nossas atitudes, tudo… se tivéssemos a capacidade de manter o nosso coração aberto aos projectos e sonhos que o Senhor tem para cada um de nós! Neste IV Domingo do tempo comum, toda a Igreja proclama no Salmo Responsorial que, se ouvirmos a voz do Senhor, não fechemos o nosso coração. Parece-me cada vez mais urgente, estarmos atentos a esta expressão, isto porque todos nós sabemos que, neste tempo de crise, se damos ouvidos apenas aos noticiários e aos nossos cálculos, não teremos lá muitas razões para nos animarmos. Parece-me que é cada vez mais necessário nos apercebermos que sempre há sempre Alguém que tem a última Palavra na nossa vida, que nos faz perceber que nem tudo são desgraças, que o fundamental da pessoa humana é sentir-se amado e esse Alguém ama-nos infinitamente, como somos, com o que temos, com tudo o que se passa na nossa vida. E esse Alguém é Deus nosso Pai que tanto nos ama e conhece muito bem o que vai no interior do nosso coração, por isso é que mais uma vez podemos repetir todos juntos, do fundo do coração: «Se hoje ouvirdes a voz do Senho, não fecheis os vossos corações»

Pe Silvano Gonçalves

Textos Sagrados - Dia 8 de Fevereiro de 2009 - Domingo V do Tempo Comum - B

I Leitura: Job 7, 1-4.6-7

Job tomou a palavra, dizendo: «Não vive o homem sobre a terra como um soldado? Não são os seus dias como os de um mercenário? Como o escravo que suspira pela sombra e o trabalhador que espera pelo seu salário, assim eu recebi em herança meses de desilusão e couberam-me em sorte noites de amargura. Se me deito, digo: ‘Quando é que me levanto?’ Se me levanto: ‘Quando chegará a noite?’ E agito-me angustiado até ao crepúsculo. Os meus dias passam mais velozes que uma lançadeira de tear e desvanecem-se sem esperança. – Recordai-Vos que a minha vida não passa de um sopro e que os meus olhos nunca mais verão a felicidade».
Palavra do Senhor

II Leitura: 1 Cor 9, 16-19.22-23

Irmãos: Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não anunciar o Evangelho! Se o fizesse por minha iniciativa, teria direito a recompensa. Mas, como não o faço por minha iniciativa, desempenho apenas um cargo que me está confiado. Em que consiste, então, a minha recompensa? Em anunciar gratuitamente o Evangelho, sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere. Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens.
Palavra do Senhor

Evangelho: Mc 1, 29-39

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela. Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos e a cidade inteira ficou reunida diante da porta. Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam qual Ele era. De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar. Simão e os companheiros foram à procura d’Ele e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram». Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que eu vim». E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.
Palavra da Salvação.

REFLEXÃO

Não está deprimido, estás distraído... Distraído em relação à vida que te preenche. Distraído em relação à vida que te rodeia, golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios.
Não caias como caiu teu irmão que sofre por um único ser humano, quando existem cinco mil e seiscentos milhões no mundo. Além disso, não é assim tão ruim viver só. Eu fico bem, decidindo a cada instante o que desejo fazer, e garças à solidão conheço-me o que é fundamental para viver.
Não faças o que fez teu pai, que se sente velho porque tem 70 anos, e esquece que Moisés comandou o Êxodo aos 80 e Robinstein interpretava Chopin com uma maestria sem igual aos 90, para citar apenas dois casos conhecidos.
Não estás deprimido, estás distraído. Por isso acreditas que perdeste algo, o que é impossível, porque tudo te foi dado. Não fizeste um só cabelo da tua cabeça, portanto não és dono de coisa alguma.
Além disso, a vida não te tira coisas: liberta-te de coisas... alivia-te para que possas voar mais alto, para que alcances a plenitude.
Do útero ao túmulo, vivemos numa escola; por isso o que tu chamas de problemas são apenas lições. Não perdeste coisa alguma: aquele que morre apenas está adiantado em relação a nós, porque todos vamos na mesma direcção. E não esqueças, que o dele, o amor, continua vivo no teu coração.
Não existe a morte... apenas a mudança. E do outro lado esperam-te pessoas maravilhosas: Gandhi, o Arcanjo Miguel, Whitman. Santo Agostinho, Madre Teresa, teu avô e minha mãe que acreditava que a pobreza está mais próxima do amor, porque o dinheiro distrai-nos com muitas coisas e magoa-nos porque nos torna desconfiados.
Faz apenas o que amas e serás feliz. Aquele que faz o que ama está condenado ao sucesso. Este chegará quando for a hora e de forma natural. Não faças coisa alguma por obrigação ou por compromisso, apenas por amor. Então terás plenitude onde tudo é possível sem esforço.
Deus tornou-te responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade para ti mesmo. E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros.
Lembra-te: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Reconcilia-te contigo, coloca-te frente ao espelho e pensa que esta criatura que vês, é obra de Deus, e decide-te nesse momento ser feliz, porque a felicidade é uma aquisição. (...) Dá sem medida e receberás sem medida; ama até que te tornes ser amado; mais ainda converte-te no próprio amor. E não te deixes enganar por alguns homicidas e suicidas.

Facundo Cabral

ACÇÃO PASTORAL de 2 a 8 de Fevereiro 2009

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PUBLICAÇÕES GERAIS

«Encontros com São Paulo» na paróquia dos Prazeres, primeiro Domingo de cada mês, 15h

Paróquia do Atouguia
- Reunião dos irmãos da Confraria: dia 7 de Fevereiro às 20h
- Recebi donativo para Santo Antão

Paróquia da Calheta
- Reunião dos irmãos da Confraria: dia 15 de Fevereiro às 12h
- Já temos garantido o restauro de 5 Apóstolos

Paróquia de São Francisco
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