DESTAQUES




"Toda a escolha tem consequências. É necessário perder para ganhar. É necessário abandonar para ter. Quem quer ganhar sempre não aprendeu a viver."

(Autor desconhecido)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Palavra do Pároco


Nº 18 – Série III - 22 de Fev 2009 – Domingo VII Tempo Comum

QUARESMA: A OPORTUNIDADE

Começamos esta semana a Quaresma. É um tempo único na vida de um cristão porque é a preparação para a grande festa cristã: a Páscoa.A Quaresma é um caminho com muitos símbolos que nos ajudam a avançar, a fazer caminho:
  • são 40 dias, ou seja, o tempo justo, o tempo simbólico para poder viver uma boa experiência; é um tempo de oportunidade que devo agarrar;

  • é tempo de dar “esmola”: é tempo de dar algo de mim próprio a quem me necessita;é tempo de dar a minha atenção, uma resposta animadora, a minha confiança; é tempo de estar generosamente com os que me rodeiam porque é tempo de acreditar que o meu próximo é mesmo meu irmão;
  • é tempo de jejum: privar-me do que não é essencial para mim, deixar cair as capas que tapam quem eu sou, que escondem a minha fragilidade; é tempo de jejum alegre porque vivo convencido da bondade de que ser o que sou, sem necessidades supérfluas, é razão de alegria;
  • é tempo de oração: é tempo de deixar que Deus tenha uma Palavra na minha vida, confiar em Alguém a quem chamo Pai porque acredito que me conhece e me ama; confiar é o maior desafio da oração.Assim, a Quaresma é o caminho que “encaminha” :a minha relação com Deus, através da oração;a minha relação com o Irmão, através da “esmola”;a minha relação comigo, através do “jejum”.

In: aci portugal

Evangelho do próximo Domingo: dia 1 de Março - Domingo I da Quaresma - B

EVANGELHO – Mc 1,12-15

Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».
Palavra da Salvação

OUVISTE AQUELE PÁSSARO CANTAR?

O hinduismo, na Índia, desenvolveu uma bela imagem para descrever o relacionamento entre Deus e a criação: Deus «dança» a Sua Criação. Ele é o Bailarino e a Criação é a Dança. A dança é diferente do bailarino e, no entanto, não pode existir sem ele. Tu não podes levá-la para casa, numa caixa, se ela te agradar. No momento em que pára o bailarino, a dança deixa de existir.
Na sua busca de Deus, o homem pensa demais, reflecte demais e fala demais. Mesmo ao olhar para esta dança a que chamamos criação, ele está sempre a pensar, a falar (consigo mesmo e com os outros), reflectindo, analisando, filosofando...? Palavras, palavras, só palavras... Barulho, barulho, só barulho!
Fica em silêncio e olha para a Dança. Olha simplesmente: uma estrela, uma flor, uma folha que envelhece, um pássaro, uma pedra. Qualquer parte dessa dança pode ser útil. Olha. Escuta. Cheira. Toca. Prova! Assim fazendo, é de esperar que não demore muito até que vejas o próprio Bailarino!
Queixava-se o discípulo ao seu Mestre, ao Mestre Zen, constantemente: «Porque me escondeis o segredo final, o segredo de Zen?» e, recusava aceitar as evasivas do Mestre. Até que um dia saíram ambos em passeio e, enquanto percorriam as colinas, ouviram num silvado, um pássaro cantar. E, logo, o mestre lhe pergunta: «ouviste o pássaro cantar?». O discípulo medita e responde: «Sim, Mestre». «Pois bem, agora já sabes».
Se ouviste, realmente, o pássaro cantar; se, realmente, viste a árvore... já não há segredos; já não precisas de palavras nem conceitos.
Que foi que disseste? Que já ouviste centenas de pássaros e já viste milhares de árvores? Mas será que viste, de facto, as árvores ou rótulos somente? Quando olhas para uma árvore, na verdade não vês a árvore. Quando tu olhas para uma árvore e vês um milagre – então, finalmente tu vês uma árvore. Será que o teu coração já se encheu, alguma vez, dessa maravilha sem palavras que é escutar o canto mavioso de um pássaro?

Anthony de Mello

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2009


"Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome" (Mt 4, 1-2)

Queridos irmãos e irmãs!

No início da Quaresma, que constitui um caminho de treino espiritual mais intenso, a Liturgia propõe-nos três práticas penitenciais muito queridas à tradição bíblica e cristã – a oração, a esmola, o jejum – a fim de nos predispormos para celebrar melhor a Páscoa e deste modo fazer experiência do poder de Deus que, como ouviremos na Vigília pascal, «derrota o mal, lava as culpas, restitui a inocência aos pecadores, a alegria aos aflitos. Dissipa o ódio, domina a insensibilidade dos poderosos, promove a concórdia e a paz» (Hino pascal). Na habitual Mensagem quaresmal, gostaria de reflectir este ano em particular sobre o valor e o sentido do jejum. De facto a Quaresma traz à mente os quarenta dias de jejum vividos pelo Senhor no deserto antes de empreender a sua missão pública. Lemos no Evangelho: «O Espírito conduziu Jesus ao deserto a fim de ser tentado pelo demónio. Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome» (Mt 4, 1-2). Como Moisés antes de receber as Tábuas da Lei (cf. Êx 34, 28), como Elias antes de encontrar o Senhor no monte Oreb (cf. 1 Rs 19, 8), assim Jesus rezando e jejuando se prepa-rou para a sua missão, cujo início foi um duro confronto com o tentador.
Podemos perguntar que valor e que sentido tem para nós, cristãos, privar-nos de algo que seria em si bom e útil para o nosso sustento. As Sagradas Escrituras e toda a tradição cristã ensinam que o jejum é de grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. Por isto, na história da salvação é frequente o convite a jejuar. Já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura o Senhor comanda que o homem se abstenha de comer o fruto proibido: «Podes comer o fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que o comeres, certamente morrerás» (Gn 2, 16-17). Comentando a ordem divina, São Basílio observa que «o jejum foi ordenado no Paraíso», e «o primeiro mandamento neste sentido foi dado a Adão». Portanto, ele conclui: «O “não comas” e, portanto, a lei do jejum e da abstinência» (cf. Sermo de jejunio: PG 31, 163, 98). Dado que todos estamos estorpecidos pelo pecado e pelas suas consequências, o jejum é-nos oferecido como um meio para restabelecer a amizade com o Senhor. Assim fez Esdras antes da viagem de regresso do exílio à Terra Prometida, convidando o povo reunido a jejuar «para nos humilhar – diz – diante do nosso Deus» (8, 21). O Omnipotente ouviu a sua prece e garantiu os seus favores e a sua protecção. O mesmo fizeram os habitantes de Ninive que, sensíveis ao apelo de Jonas ao arrependimento, proclamaram, como testemunho da sua sinceridade, um jejum dizendo: «Quem sabe se Deus não Se arrependerá, e acalmará o ardor da Sua ira, de modo que não pereçamos?» (3, 9). Também então Deus viu as suas obras e os poupou.
No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum, condenando a atitude dos fariseus, os quais observaram escrupulosamente as prescrições impostas pela lei, mas o seu coração estava distante de Deus. O verdadeiro jejum, repete também noutras partes o Mestre divino, é antes cumprir a vontade do Pai celeste, o qual «vê no oculto, recompensar-te-á» (Mt 6, 18). Ele próprio dá o exemplo respondendo a satanás, no final dos 40 dias transcorridos no deserto, que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4). O verdadeiro jejum finaliza-se portanto a comer o «verdadeiro alimento», que é fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4, 34). Portanto, se Adão desobedeceu ao mandamento do Senhor «de não comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal», com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na sua bondade e misericórdia.

ACÇÃO PASTORAL de 23 de Fevereiro a 1 de Março 2009

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PUBLICAÇÕES GERAIS

Tema das Catequeses Quaresmais:

«Viver a Quaresma com São Paulo»

Haverá exposição do Santíssimo todos os Domingos da Quaresma pelas 17h orientado pelos diversos grupos da paróquia.

Na próxima 5ª Feira, dia 26, encontro de coros em São Francisco: 19:30

Já recebi os Jornais de Fátima, só devem levar os assinantes.

Paróquia do Atouguia
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Paróquia da Calheta
- Já temos garantido o restauro de 8 Apóstolos
- Recebi oferta de duas túnicas para a igreja

Paróquia de São Francisco
- Recebi ofertas para o tecto da igreja e para hóstias